Fundado em 1998, o Instituto Giramundo Mutuando atua na articulação dos movimentos de Agroecologia e Soberania Alimentar no Brasil e no mundo com a missão de promover mudanças na sociedade, educar para transformar realidades, valorizar a diversidade e as relações solidárias por meio da Agroecologia rumo ao Desenvolvimento Sustentável.

Entre as atuações do Instituto, há a realização de vários encontros e congressos sobre o tema, desenvolvimento de programas de pesquisa, assessorias gratuitas e trabalho de campo junto às inúmeras famílias agricultoras, realização de cursos livres, técnicos e de extensão em assuntos da Agroecologia, além de criação de materiais didáticos e educativos inéditos.

Se reinventando através de empreendimentos sociais

Diante do contexto político e econômico no país e no mundo, em 2017, o Instituto sentiu a necessidade de se reinventar na forma de como manter a sua estrutura e a viabilização dos programas e projetos de Agroecologia. Desta forma, alguns empreendimentos sociais foram criados: Arma-Zen e Co-labore; e Mina Retrô.

O que esses subsitemas têm em comum é a possibilidade de colocar a Agroecologia em pauta na sociedade, além de criar uma rede de associados apoiadores e comprometidos.

O instituto em números

O instituto possui 19 anos de experiência tendo formado mais de 8 mil participantes.

O Instituto plantou 50 mil árvores nativas e desenvolveu e monitorou cerca de 30 Hectares de sistemas agroecológicos, recuperando, por meio de processos educativos, cerca de 700 hectares de pastagens, diversas nascentes e áreas degradadas.

O Instituto Giramundo Mutuando criou, em 2004, o PROGERA, que desenvolveu assessoria agroecológica a um universo de 1.000 famílias agricultoras e elaborou 30 cadernos e livros didáticos produzidos e distribuídos em todo Brasil.

Realizou, ainda, 3 edições do Encontro Internacional de Agroecologia – EIA, tendo reunido mais de 120 palestrantes do mundo todo e 4.000 participantes. Em junho de 2007, o Giramundo realizou o Seminário Nacional de formação em Agroecologia, fortalecendo e concretizando, em âmbito nacional, seu papel de formador sobre o tema.

Em 2016, o Giramundo realizou a terceira edição da Feira de Saberes, Sabores e Sementes. O Giramundo articula, apoia e fomenta redes de ação e reflexão sobre a Agroecologia que incidem para mudar realidades.

Neste sentido, o Giramundo faz parte e articula as seguintes redes:

  • Articulação Paulista de Agroecologia (Rede APA desde 2001), Articulação Nacional de Agroecologia (ANA desde 2002);
  • Coalizão dos Povos pela Soberania Alimentar (PCFS – People´s Coalition for Food Sovereignty – desde 2013, esta rede articula mais de 360 organizações da sociedade civil da Ásia, África e América, com a finalidade de incidência política nos espaços decisórios mundiais em favor da Soberania Alimentar).

Feminismo e Agroecologia

O Giramundo é parte do Coletivo Feminista de Botucatu, que articula outros coletivos locais, como o Coletivo Genis, o Feminóia, o Círculo de Afrodite. O Giramundo acredita que sem feminismo, não há Agroecologia e que, somente igualando direitos, podemos construir uma nova sociedade.

Criação do Programa Gigante Guarani

O Giramundo criou em 2005 o Programa Gigante Guarani junto com outras organizações da sociedade civil e parceiros nas universidade e órgãos públicos.

O Programa visa construir projetos para preservar o Sistema Aquífero Guarani, o segundo maior reservatório de água doce do mundo, constantemente ameaçado por práticas agrícolas insustentáveis, como monocultivos, uso excessivo de agrotóxicos e fertilizantes químicos, desmatamentos, entre outros.

O Programa atua em 4 frentes: recuperação de APPs; Transição Agroecológica; Educomunicação; Políticas Públicas; Cadeia da Restauração Florestal.

O Giramundo também atua, como um todo, incidindo para criação, implementação e monitoramento de políticas públicas por meio de conselhos, tais como:

  • Segurança Alimentar e Nutricional (COMSAN – Botucatu), Políticas para Mulheres e o de Manejo da Área de Proteção Ambiental Botucatu-Corumbataí-Tejupá;
  • Conselho de Políticas para Mulheres de Botucatu; e Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA-SP).

Em todos os conselhos o Giramundo contribui na construção de alternativas que passam pela valorização da Agricultura Familiar, da Mulher e da Agroecologia.

Atuando na pesquisa científica

O Giramundo atua também na pesquisa científica. Neste sentido, o Instituto realiza uma Ciência com as pessoas, garantindo a participação da comunidade desde a elaboração dos objetivos até a monitoramento dos resultados, uma vez que a Agroecologia se faz por meio de experimentação participativa.

É no processo de construir conhecimento agroecológico que se educa e se investiga, de forma horizontal e atendendo as demandas das pessoas.

Conheça alguns dos Projetos de pesquisa que já realizamos:

  1. Núcleo de Apoio a Extensão Rural Agroecológica no âmbito da Articulação Paulista de Agroecologia: diálogos intercientíficos e a construção do conhecimento agroecológico nas regiões centro oeste e sudoeste do Estado de São Paulo. Desenvolvido em parceria com a UNESP/Botucatu e apoiado pelo CNPq – 2014 a 2017;
  2. Extensão Rural Agroecológica no âmbito da Articulação Paulista de Agroecologia: unidades de referência, formação de formador, redes de apoio técnico e de consumo e mecanismos participativos de garantia da qualidade orgânica” desenvolvido em parceria com a UNESP/Botucatu e apoiado pelo CNPq – 2012-2013;
  3. Transição Agroecológica: sistematização e avaliação das estratégias de ATER do Programa de Extensão Rural Agroecológica – PROGERA no centro-sul e sudoeste do Estado de São Paulo desenvolvido com a UFRRJ” e apoiado pelo CNPq. – 2009 a 2011.
  4. Agroecologia e educação ambiental no ensino superior: construindo uma nova profissão por meio do ensino e a prática da extensão rural agroecológica nas diferentes regiões do País. Desenvolvido em parceria com a UNESP/Botucatu e apoiado pelo CNPq – 2009 a 2010;
  5. Fomento à rede de pesquisa participativa e ATER agroecológica através da formação de agentes agroflorestais no âmbito da Articulação Paulista de Agroecologia. Desenvolvido em parceria com o IEA e apoiado pelo CNPq – 2008 a 2010;
  6. Alimentação animal, geração de renda e melhoria da qualidade de sistemas de produção animal do Assentamento Zumbi dos palmares. Desenvolvido com apoio do CNPq. 2006 a 2008.

O Giramundo integra o grupo Ibero-americano de pesquisa ligado a iniciativa OSALA – Observatório de Experiências Agroecológicas na América Latina e o Centro de Ciência e Tecnologia em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional da UNESP/INTERSSAN.

Em 2020, o Giramundo criou a Escola de Agroecologia, uma iniciativa que envolve a parceria com diversas universidades, institutos de pesquisa, redes e organizações da sociedade civil no Brasil, na América Latina e nos Países da CPLP – Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

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